sábado, 1 de maio de 2010

Breve História do dia do trabalhador


No dia 1º de Maio de 1886, 500 mil trabalhadores saíram às ruas de Chicago, nos Estados Unidos, em manifestação pacífica, exigindo a redução da jornada para oito horas de trabalho. A polícia reprimiu a manifestação, dispersando a concentração, depois de ferir e matar dezenas de operários.


Mas os trabalhadores não se deixaram abater, todos achavam que eram demais as horas diárias de trabalho, por isso, no dia 5 de Maio de 1886, quatro dias depois da reivindicação de Chicago, os operários voltaram às ruas e foram novamente reprimidos: 8 líderes presos, 4 trabalhadores executados e 3 condenados a prisão perpétua.
Foi este o resultado desta segunda manifestação.

A luta não parou e a solidariedade internacional pressionou o governo americano a anular o falso julgamento e a elaborar novo júri, em 1888. Os membros que constituíam o júri reconheceram a inocência dos trabalhadores, culparam o Estado americano e ordenaram que soltassem os 3 presos.

Em 1889 o Congresso Operário Internacional, reunido em Paris, decretou o 1º de Maio, como o Dia Internacional dos Trabalhadores, um dia de luto e de luta. E, em 1890, os trabalhadores americanos conquistaram a jornada de trabalho de oito horas.

116 anos depois das grandiosas manifestações dos operários de Chicago pela luta das oito horas de trabalho e da brutal repressão patronal e policial que se abateu sobre os manifestantes, o 1º de Maio mantém todo o seu significado e actualidade.

Nos Estados Unidos da América o Dia do Trabalhador celebra-se no dia 3 de Setembro e é conhecido por "Labor Day". É um feriado nacional que é sempre comemorado na primeira segunda-feira do mês de Setembro e está relacionado com o período das colheitas e com o fim do Verão.

No Canadá este feriado chama-se "Dia de Oito Horas". Tem este nome porque se comemora a vitória da redução do dia de trabalho para oito horas.

Em Angola o "Dia do Trabalhador" comemora-se sempre no dia 1 de Maio de cada ano com actos politicos e socias.

Fonte: Expresso Emprego

No Dia do trabalhador Vale Lembrar o Paulo Flores e A Sua Musica


no dia do 1 de maio e cansado de muitas promeças e descursos de acasios que não trazem nada de novo melhor mesmo e ficar com o amigo Paulo Flores e as Malanbas da vida porque o dinheiro nao chega para mais nada.


Os Amigos me Chamam
De Velho Cansado
Já não tenho desejo de viver a vida
As damas me dizem que estou acabado
Que nao tenho charme
Já nao sou o mesmo

Se o Dinheiro não chega
Para as contas do Mês
Eu com N´dengues la em casa a espera

Se o Dinheiro não chega
Para pagar as desesas
Eu com N´dengues la em casa a espera

Pois eh Meus amigos
Comigo é assim

Se eu quero comida
O dinheiro não chega

Se quero bebida
O dinheiro não chega

Se quero as bitolas
Pra esquecer da vida

também não chega

Oicam o que eu digo
Comigo e assim

Pra comprar vitamina
O dinheiro não chega

Pra pôr Gasolina
O dinheiro nâo chega

Comprar estriquinina
Pra ver se me mato
Nem pra isso chega

No outro dia sai
Fui a uma Kimbanda
Para me ajeitar a vida
Me fez umas rezas
E umas fumacas´
Me passou uns banhos
Me pediu dinheiro
Mas eu não tinha

E ela insistiu
Ficou chateada
Me rogou bué de pragas
me Amaldicou

Mas poior que do esta também não fica
...não fica.... não fica.... nem vale a pena

Dia do Trabalhador Comemorado no Centro Cultural Kilamba

Centro Cultural e Recreativo Kilamba, em Luanda, assinala, neste sábado, o Dia Internacional do Trabalhador com a realização de uma actividade músico-recreativa, segundo anunciou hoje o seu responsável, Estêvão Costa.

Denominada "Farra do Trabalhador", o evento, de acordo com a fonte da Angop, é uma forma de se recordar os velhos tempos quando os trabalhadores angolanos se reuniam para celebrar o 1º de Maio.

"Recordar as farras que se davam no Maria das Escrequenhas, actualmente Kilamba, por altura do 1º de Maio, é o principal objectivo desta actividade em que pretendemos mostrar aos trabalhadores angolanos que ainda se podem fazer festas como aquelas. É uma festa na qual estará garantida muita música e animação", reforçou.

É uma farra do trabalhador, porque, acrescentou a fonte, servirá para juntar todos aqueles que, com o seu labor, têm contribuído para o engrandecimento do país, participando activamente no processo de construção e reconstrução.

Avançou que, por se tratar de uma data especial, o Kilamba, como um espaço de recordação da cultura e da tradição, não podia e não pode ficar à margem deste grande acontecimento na vida dos trabalhadores.

O Dia Mundial do Trabalho foi criado em 1889, por um Congresso Socialista realizado em Paris (França). A data foi escolhida em homenagem à greve geral, que aconteceu a 1 de Maio de 1886, em Chicago, o principal centro industrial dos Estados Unidos naquela época.

Milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Naquele dia, manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. Mas a repressão ao movimento foi dura: houve prisões, feridos e até mesmo mortos nos confrontos entre os
operários e a polícia.

Em memória dos mártires de Chicago, das reivindicações operárias que nesta cidade se desenvolveram em 1886 e por tudo o que esse dia significou na luta dos trabalhadores pelos seus direitos, servindo de exemplo para o mundo todo, o dia 1º de Maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.

O Centro Cultural e Recreativo Kilamba, antigo Maria das Escrequenhas, tem em agenda vários programas, entre os quais "Farra ao Antigamente", ''Show à sexta-feira", "Musongué da Tradição" e o tradicional "Caldo do Poeira".

fonte: Angola Press

ESCAPEI DA MORTE PORQUE BEYE MANDOU-ME FICAR


JOÃO da Silva recorda-se e muito bem dos últimos momentos do maliano Alioune Blondin Beye, representante da Missão de Paz das Nações Unidas em Angola, quando cumpria um périplo por cinco países africanos, no contexto de busca de paz para aquele país da CPLP.

Segundo conta o também ex-tradutor-intérprete do maliano, quase que a entrar no avião em Luanda Beye é solicitado pelo piloto para aguentar mais uns cinco minutos para acabar de limpar o avião, pois não acordara a tempo de preparar o voo, ao que o maliano respondeu que iria entrar mesmo em tais condições.
Perante a insistência do maliano, o piloto quase que empurra Beye e repete: dê me só cinco minutos.

“Fomos sentar e Beye olha para mim e pergunta-me: por que é que vais comigo?”, lembra-se João da Silva. “Porque sou o intérprete, maitre”, respondeu ele. João da Silva conta que a resposta que recebeu do Beye foi que não era necessário, uma vez que todos os presidentes com que se ia avistar falavam Francês. O guineense ainda tentou dizer que o são-tomense Miguel Trovoada não falava a língua, tendo o representante da ONU se lembrado que tivera, no passado, com o Presidente Trovoada uma conversa em Francês.

“Foi assim que fiquei em terra”, disse João da Silva, acrescentando ter ficado algo triste porque a viagem significava também algum encaixe. Beye deixou Luanda com destino a Libreville, Gabão e depois seguiu para Lomé, Togo. Aqui, o Presidente Eyadema diz não ter tempo de o receber, o que Beye não percebeu porque tudo estava acertado. Mas antes de deixar Luanda na manhã do fatídico dia, 26 de Junho de 1998, convocou uma reunião com o pessoal para dizer que a partir dali, sempre que viajasse, não deixaria os pilotos no aeroporto a sofrer, enquanto ficava no hotel a comer bem. Todos os pilotos teriam que estar no hotel onde estivesse. Perante a resposta de Eyadema, Beye leva toda a comitiva para o hotel, incluindo a tripulação, que devia ficar a vigiar o avião no aeroporto. Mas ao mesmo tempo avisa que a qualquer momento poderiam ser chamados para a audiência, o que viria a acontecer três horas depois. No fim, um ministro togolês, pergunta a Beye se viajaria para Abidjan naquela noite. Ele respondeu que sim. Tinha que dormir em Abidjan porque o esperavam a minha mulher e filhos. O ministro insistiu, mas maitre foi irredutível. O avião descola, uma hora e 10 minutos de voo de Lomé para Abidjan. Quando o aparelho se aproxima do aeroporto de Abidjan, o comando do piloto chama a torre, na altura a 10 mil pés de altitude, recebe a ordem para descer para 2500 pés e voltar a chamar. O avião, pilotado pela tripulação da ONU, inicia a descida e explode. De Bey, só apanharam um pedaço do seu bilhete de identidade. Morreram, e de que forma, todos. Eram nove elementos. Escapei porque no aeroporto de Luanda, o chefe dissera que não precisaria de mim. Se foi uma cabala, quem a urdiu não sei. Mas os indícios, o avião, os destroços, deram a entender que a coisa foi feita algures. Só pode ter sido no Togo, onde ficou sem guarda durante três a quatro horas.


FOMOS (A ONU) CORRIDOS DE ANGOLA



Beye foi substituído à frente da missão de paz da ONU em Angola pelo guineense Issa Dialló. João da Silva, que tinha sido tradutor-intérprete também da primeira representante das Nações Unidas, a britânica Margareth Anstee, manteve as funções e trabalhou, desta feita com o seu compatriota, Dialló. Este também fracassa. “Fomos corridos de Angola, depois de o Presidente ter dito que nós estávamos a brincar, pois Savimbi se armara a nossa frente”, narra João da Silva.
O Presidente angolano é muito paciente, mas foi ele quem disse que a paciência é uma grande virtude até ser vista como fraqueza.
Esta declaração do Presidente angolano era, provavelmente, em reacção a Savimbi, que considerava dos Santos um homem fraco.
“O que eu senti é que o MPLA cumpria com todos os pontos do acordo. A UNITA não. Savimbi era astuto. Assinava os acordos e depois ficava para ver o que iria acontecer na arena internacional, se o Presidente dos Santos morreria, como na altura se dizia que tinha cancro na próstata e se os Estados Unidos mudavam de posicionamento por alguma razão, etc. Usava o acordo como escudo. O presidente dos Santos percebeu isso e, por isso, disse que queria fazer a guerra para acabar com a guerra. E foi o que aconteceu”, sublinhou.

QUEM É JOÃO “RENATO” DA SILVA


EXILADO nos Estados Unidos desde 2000, na sequência da queda do regime do Presidente João Bernardo “Nino” Vieira, quando Ansumane Mané entra no Palácio, no dia 7 de Maio de 1999. Na altura João da Silva encontrava-se em Nova Iorque, ido de Angola, à espera que a ONU pagasse o dinheiro que a organização mundial o devia, após ter servido, durante cinco anos, como tradutor-intérprete do enviado especial das Nações Unidas em Angola, o maitre Alioune Blondin Beye.
Após a morte de Beye, no acidente aéreo, faz o mesmo trabalho com o substituto do maliano, Issa Dialló, seu compatriota.
Antes trabalhara durante oito anos na embaixada egípcia em Bissau, onde foi descoberto por “Nino” Vieira. Passou a ser tradutor e intérprete do falecido Presidente guineense, ate este o libertar para outros “voos”. Nesta qualidade, serviu para todo o Governo da Guiné-Bissau. Foi também tradutor-intérprete também para a OMVG (Organização para o Aproveitamento da Bacia do Rio Gâmbia) que envolve quatro países, incluindo a Guiné-Bissau.
Prestou os mesmos serviços para o Comité Inter-Estatal para a Luta contra a Seca no Sahel, que integra nove Estados e também para a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental).
“Nino” regressa do exílio, em 2005, ganha as eleições e, em 2007, o nomeia, a partir de Nova Iorque, conselheiro especial para os Assuntos Internacionais, funções que manteve até à morte daquele em 2009.

Fonte: Moçambique para todos